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A etnografia (do grego ?θνο?, ethno - na??o, povo e γρ?φειν, graphein - escrever) é o método utilizado pela antropologia na coleta de dados. Baseia-se no contato inter-subjetivo entre o antropólogo e o seu objeto, seja ele uma aldeia indígena ou qualquer outro grupo social sob o qual o recorte analítico será feito. A base de uma pesquisa etnográfica é o trabalho de campo. Neste caso, este trabalho de campo se dá por meio do contato intenso e prolongado (que pode durar até mesmo mais de um ano) do pesquisador com a cultura do grupo para descobrir como se organiza seu sistema de significados culturais.[1] O etnógrafo pode ser considerado um instrumento humano. Com um problema de pesquisa, uma teoria de intera??o ou de comportamento social e uma variedade de guias conceituais em mente, o etnógrafo se envereda em uma cultura ou situa??o social para explorar, coletar e analisar dados. O trabalho de campo, de muitas formas, é mais complicado que um estudo de laboratório, mas também pode ser muito compensador.[2]

Bronislaw Malinowski, na introdu??o de seu clássico estudo Os Argonautas do Pacífico Ocidental (publicado em 1922), marcou a história da antropologia moderna ao propor uma nova forma de etnografia, envolvendo detalhada e atenta observa??o participante, apesar de Malinowski nunca ter utilizado a express?o. Sob sua trilha vieram outras etnografias clássicas, como Naven de Gregory Bateson, Nós, os Tikopia de Raymond Firth. Principalmente a partir da antropologia interpretativa ou pós-moderna, autores como James Clifford, Clifford Geertz e George Marcus, com sua antropologia multi-situada (ou multi-localizada) passaram a discutir o papel político, literário e ideológico da antropologia e de sua escrita, em esfor?os verdadeiramente metalingüísticos e intertextuais. Exemplos famosos de Etnografias contemporaneas s?o Xamanismo, Colonialismo e o Homem Selvagem, de Michael Taussig e Os Araweté: Os Deuses Canibais de Eduardo Viveiros de Castro.

Além da antropologia, métodos da pesquisa etnográfica s?o utilizados por diferen?as áreas, como sociologia, psicologia e até mesmo design.[3] Mais recentemente, grandes empresas, ao tentarem entender realmente melhor seus clientes, come?aram a usar pesquisas etnográficas. A Microsoft é um dos maiores empregadores de etnógrafos.[4]

Os estudos etnográficos s?o técnicas, proveniente das disciplinas de Antropologia Social, que consiste no estudo de um objecto por vivência directa da realidade onde este se insere. Estes estudos têm mostrado que o trabalho das pessoas é, normalmente, mais rico e complexo do que o descrito pelas defini??es dos processos e pelos modelos dos sistemas. O principal problema da aplica??o deste método é fruto da dificuldade na generaliza??o dos resultados. é um método qualitativo que se insere na corrente filosófica do Interpretivismo.

Etnografia (do grego ?θνο? ethnos "povo, povo, na??o" e γρ?φω grapho "eu escrevo") é um ramo da antropologia e o estudo sistemático de culturas individuais. A etnografia explora os fen?menos culturais do ponto de vista do sujeito do estudo. A etnografia também é um tipo de pesquisa social que envolve examinar o comportamento dos participantes em uma determinada situa??o social e compreender a própria interpreta??o dos membros do grupo sobre tal comportamento.[5][6][7]

Como uma forma de investiga??o, a etnografia depende muito da observa??o participante – do pesquisador que participa do cenário ou das pessoas que est?o sendo estudadas, pelo menos em algum papel marginal, e procura documentar, em detalhes, padr?es de intera??o social e as perspectivas de participantes e compreendê-los em seus contextos locais. Teve sua origem na antropologia social e cultural no início do século XX, mas se espalhou para outras disciplinas das ciências sociais, notadamente a sociologia, ao longo desse século. Os etnógrafos usam principalmente métodos qualitativos , embora também possam empregar dados quantitativos. A etnografia típica é um estudo holístico e, portanto, inclui uma breve história e uma análise do terreno, do clima e do habitat. Uma ampla gama de grupos e organiza??es tem sido estudada por este método, incluindo comunidades tradicionais, gangues juvenis, cultos religiosos e organiza??es de vários tipos. Enquanto, tradicionalmente, a etnografia se baseava na presen?a física do pesquisador em um cenário, há pesquisas usando o rótulo que se baseou em entrevistas ou documentos, às vezes para investigar eventos no passado, como o desastre do NASA Challenger. Há também uma quantidade considerável de etnografia 'virtual' ou online, às vezes rotulada como netnografia ou ciberetnografia.[8]

Gerhard Friedrich Müller desenvolveu o conceito de etnografia como uma disciplina separada enquanto participava da Segunda Expedi??o à Kamchatka (1733-1743) como professor de história e geografia. Enquanto envolvido na expedi??o, ele diferenciou V?lker-Beschreibung (Descri??o dos Povos) como uma área distinta de estudo. Isso ficou conhecido como "etnografia", após a introdu??o do neologismo grego etnographia por Johann Friedrich Sch?pperlin e a variante alem? por A.F. Thilo em 1767. August Ludwig von Schl?zer e Christoph Wilhelm Jacob Gatterer da Universidade de G?ttingen introduziu o termo no discurso acadêmico na tentativa de reformar a compreens?o contemporanea da história mundial. Heródoto, conhecido como o Pai da História, teve trabalhos significativos sobre as culturas de vários povos além do reino helênico, como os cita, que lhe valeram o título de "filobárbaro", e pode-se dizer que produziu os primeiros trabalhos de etnografia.[9]

A etnografia tem origem na Antropologia Social, um dos quatro campos da Antropologia, que surgiu da necessidade de compreender as rela??es socioculturais, os comportamentos, ritos, técnicas, saberes e práticas das sociedades até ent?o desconhecidas, e que tem vindo a ser adaptada a problemas comuns da actualidade. Os antropólogos, normalmente, têm a tarefa de estudar culturas que s?o completamente diferentes das sociedades nas quais eles vivem, estudar as diferen?as entre as suas experiências e costumes, assim como entender como esta funciona. Ou seja, têm o objectivo de a compreender do ponto de vista das pessoas que nela vivem.[10]

Este estudo por observa??o é necessário porque parte do comportamento das pessoas é baseado em conhecimento n?o-falado, o conhecimento tácito. Assim, n?o é suficiente fazer perguntas, é necessário observar o que as pessoas fazem, as ferramentas que utilizam e como se relacionam entre si. é importante n?o repetir os erros cometidos ao longo da história provenientes de incompreens?es de culturas estudadas.[11] Por exemplo, as primeiras pessoas a contatar com culturas desconhecidas, tais como comerciantes, exploradores ou missionários, por diversas vezes realizaram interpreta??es incorretas sobre os povos nativos que resultaram em graves problemas, nomeadamente conflitos armados. Por isso mesmo, actualmente os etnógrafos tentam evitar este tipo de problemas assumindo todas as conclus?es iniciais como susceptíveis de incorrec??es, explicitando claramente todas as suposi??es, examinando-as e questionando-as durante toda a investiga??o.[12]

Todo o conhecimento relevante que é necessário extrair é ent?o totalmente resultado do contato prolongado com as pessoas no seu ambiente natural, partindo para este estudo com um planejamento mínimo. A linguagem da cultura em quest?o deve também ser correctamente estudada, é necessário entender todos os termos utilizados e a forma como estes se relacionam, procurando assim evitar distorcer o seu significado. Também a abordagem a todos os objetos e documentos utilizados pelas pessoas deve ser extremamente cuidada. é importante observar como a utiliza??o destas ferramentas é feita para atingir os objetivos pretendidos e n?o apenas classificá-las com base nas suas propriedades físicas ou outras.[12]

Rela??o entre etnografia e engenharia de requisitos

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Quanto ao método

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A abordagem etnográfica e a identifica??o de requisitos têm muito em comum. Ambas têm o objectivo de entender uma cultura n?o familiar, todo o conhecimento, técnicas e práticas que a constituem, de forma a traduzi-las de maneira a que possa ser entendida e usada por outros. Tal como o etnógrafo, o engenheiro de requisitos tem a necessidade de documentar o domínio do sistema e a sua rela??o com a actividade de cada pessoa envolvida no seu funcionamento.

Para que se consiga extrair o máximo de conhecimento possível das pessoas, deve-se comunicar com estas utilizando a sua própria linguagem e n?o uma linguagem técnica de engenharia de software que é incompreensível e intimidadora para a maioria delas. Posteriormente, a equipa de desenvolvimento deve ser capaz de usar todos os dados obtidos para que possa desenvolver o produto realmente apropriado, correspondente com a informa??o recolhida, que se adapte completamente às necessidades dos utilizadores e seja perfeitamente integrado no seu ambiente.[carece de fontes?]

As pesquisas que se efectuam com o objectivo de realizar estes estudos resultam numa grande quantidade de informa??o, através de apontamentos, grava??es de áudio e vídeo e um conjunto de objectos que fazem parte das culturas, que deverá ser gerida com toda a aten??o para que a sua análise e processamento n?o se prolongue excessivamente. Um estudo etnográfico requer muito mais tempo do que as técnicas de identifica??o de requisitos mais comuns, como as entrevistas, logo todos os recursos financeiros e temporais, muitas vezes difíceis de obter, que o suportam devem ser utilizados da forma mais optimizada possível.[carece de fontes?]

Quanto aos princípios

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Em 1993, Blomberg argumentou que os engenheiros de software:

  • criam ferramentas para processos de trabalho dos quais pouco conhecem;
  • devem adquirir uma vis?o adequada do mundo e n?o apenas confiar nas suas próprias experiências e imagina??o;
  • extrair um conhecimento completo das práticas de trabalho para explorar e consolidar a rela??o entre as tarefas e a tecnologia.

Desta forma, para orientar a actividade etnográfica apresentou os seguintes quatro princípios:

  • Encontro inicial – passar algumas horas no ambiente onde os processos ocorrem para estudar as pessoas nas suas atividades diárias;
  • Holismo – cren?a que os comportamentos apenas podem ser entendidos no contexto em que ocorrem;
  • Descri??o e n?o prescri??o – descrever como as pessoas se comportam realmente e n?o como se deveriam comportar;
  • Ponto de vista dos participantes - descrever os comportamentos de forma relevante para os participantes do estudo.

Estes princípios implicam que os engenheiros de requisitos devem capturar toda a estrutura social que constitui a atividade e n?o devem predefinir qualquer estrutura conceptual.

O trabalho é uma atividade socialmente organizada, onde muitas vezes o comportamento real difere da forma como é descrito por quem o faz, e dessa forma é importante confiar tanto nas entrevistas quanto nas observa??es diárias das pessoas no próprio local de trabalho onde a tecnologia deverá ser inserida.

Quanto às diretrizes

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Em 1995, um grupo de autores publicaram um conjunto de diretrizes com o objectivo de orientar as equipas de desenvolvimento a realizar, de forma correta e completa, todo o processo de identifica??o de requisitos através de estudos etnográficos.

Estas diretrizes est?o divididas em quatro conjuntos cada um deles respeitante a uma das fases deste processo (prepara??o, estudo, análise e especifica??o) que s?o descritos de seguida.

Uma prepara??o adequada do processo de identifica??o de requisitos é fundamental para o sucesso do mesmo. Assim sendo, a directriz para esta fase inclui os seguintes pontos:

  • Entender a política organizacional e a cultura de trabalho;
  • Familiarizar-se com o sistema e a sua história;
  • Estabelecer objectivos iniciais e elaborar quest?es;
  • Obter acesso e permiss?o para realizar entrevistas e observa??es.

é a principal fase do processo de identifica??o de requisitos, onde se realiza o contacto directo com os stakeholders do sistema a desenvolver. Esta directriz é constituída por:

  • Estabelecer empatias com administradores e utilizadores do sistema;
  • Realizar observa??es e entrevistas aos utilizadores do sistema no seu ambiente de trabalho;
  • Recolher dados objectivos e subjectivos de modo quantitativo e qualitativo;
  • Seguir todas as pistas que surjam durante as visitas;
  • Registar todas as visitas.

Esta fase permite extrair conclus?es do estudo já efectuado e, dessa forma, realizar melhoramentos durante todo o processo de identifica??o de requisitos. Aqui pode incluir-se:

  • Compilar todos os dados recolhidos numa base de dados;
  • Quantificar os dados e realizar estatísticas;
  • Filtrar e interpretar os dados;
  • Redefinir os objectivos e o processo utilizado.

Especifica??o

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Por fim, há que documentar a informa??o recolhida e para esta directriz podemos considerar os seguintes dois itens:

  • Ter em conta os diversos públicos alvo e objectivos existentes;
  • Elaborar um relatório e apresentar as conclus?es do estudo.

Por fim, apesar de n?o ter sido mencionada pelos autores, é uma boa prática realizar, ao longo de todo o processo de identifica??o de requisitos, sess?es de crítica por parte de elementos externos ao projecto.

Técnicas e Formas

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Etnografia digital

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A etnografia digital também é vista como etnografia virtual. Esse tipo de etnografia n?o é t?o típico quanto a etnografia registrada a caneta e lápis. A etnografia digital permite muito mais oportunidades de olhar para diferentes culturas e sociedades. A etnografia tradicional pode usar vídeos ou imagens, mas a etnografia digital é mais aprofundada. Por exemplo, etnógrafos digitais usariam plataformas de mídia social como Twitter ou blogs para que as intera??es e comportamentos das pessoas pudessem ser estudados. Os desenvolvimentos modernos em poder de computa??o e IA permitiram maior eficiência na coleta de dados etnográficos por meio de multimídia e análise computacional usando aprendizado de máquina para corroborar muitas fontes de dados para produzir uma saída refinada para vários propósitos. Um exemplo moderno dessa tecnologia em aplica??o é o uso de áudio capturado em dispositivos inteligentes, transcritos para emitir anúncios direcionados (geralmente reconciliados versus outros metadados ou dados de desenvolvimento de produtos para designers. A etnografia digital vem com seu próprio conjunto de princípios éticos e s?o frequentemente usadas as diretrizes éticas da Associa??o de Pesquisadores da Internet. O artigo de Gabriele de Seta "Três mentiras da etnografia digital" explora algumas das quest?es metodológicas mais centrais para uma abordagem especificamente etnográfica aos estudos da Internet, com base no texto clássico de Fine.[13][14][15][16]

Etnografia relacional

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A maioria das etnografias ocorre em locais específicos onde o observador pode observar instancias (ou categoria de análise) específicas que se relacionam com o tema envolvido. A Etnografia Relacional articula campos de estudo em vez de lugares ou processos em vez de pessoas processadas. Ou seja, a etnografia relacional n?o toma um objeto nem um grupo delimitado que é definido por seus membros com características sociais compartilhadas nem um local específico que é delimitado pelos limites de uma determinada área. Mas sim os processos que envolvem configura??es de rela??es entre diferentes agentes ou institui??es.[17]

Etnografia multiespécies

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A etnografia multiespécies, em particular, concentra-se em participantes n?o humanos e humanos dentro de um grupo ou cultura, em oposi??o a apenas participantes humanos na etnografia tradicional. Uma etnografia multiespécies, em compara??o com outras formas de etnografia, estuda espécies que est?o ligadas às pessoas e à nossa vida social. As espécies afetam e s?o afetadas pela cultura, economia e política.[18]

Características da pesquisa etnográfica

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Segundo Dewan (2018), o pesquisador n?o busca generalizar os achados; em vez disso, eles est?o considerando isso em referência ao contexto da situa??o. Nesse sentido, a melhor maneira de integrar a etnografia em uma pesquisa quantitativa seria usá-la para descobrir e descobrir rela??es e, em seguida, usar os dados resultantes para testar e explicar as suposi??es empíricas. Na etnografia, o pesquisador reúne o que está disponível, o que é normal, o que é que as pessoas fazem, o que dizem e como trabalham. A etnografia também pode ser usada em outras estruturas metodológicas, por exemplo, um programa de estudo de pesquisa-a??o onde um dos objetivos é mudar e melhorar a situa??o.[19]

Métodos de coleta de dados

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De acordo com John Brewer, um importante cientista social, os métodos de coleta de dados destinam-se a capturar os "significados sociais e atividades comuns" de pessoas (informantes) em "configura??es que ocorrem naturalmente" que s?o comumente chamadas de "o campo." O objetivo é coletar dados de tal forma que o pesquisador imponha uma quantidade mínima de viés pessoal nos dados. Vários métodos de coleta de dados podem ser empregados para facilitar um relacionamento que permita um retrato mais pessoal e profundo dos informantes e de sua comunidade. Estes podem incluir observa??o participante, notas de campo, entrevistas e pesquisas.[20]

As entrevistas s?o muitas vezes gravadas e posteriormente transcritas, permitindo que a entrevista prossiga sem prejuízo de anota??es, mas com todas as informa??es disponíveis posteriormente para análise completa. A pesquisa secundária e a análise de documentos também s?o usadas para fornecer informa??es sobre o tópico de pesquisa. No passado, os mapas de parentesco eram comumente usados ??para "descobrir padr?es lógicos e estrutura social em sociedades n?o ocidentais". No século XXI, a antropologia se concentra mais no estudo de pessoas em ambientes urbanos e o uso de mapas de parentesco raramente é empregado.[20]

Para tornar a coleta e a interpreta??o dos dados transparentes, os pesquisadores que criam etnografias muitas vezes tentam ser "reflexivos". A reflexividade refere-se ao objetivo do pesquisador "explorar as maneiras pelas quais o envolvimento do pesquisador com um estudo específico influencia, age e informa essa pesquisa". Apesar dessas tentativas de reflexividade, nenhum pesquisador pode ser totalmente imparcial. Esse fator forneceu uma base para criticar a etnografia.[20]

Tradicionalmente, o etnógrafo concentra a aten??o em uma comunidade, selecionando informantes conhecedores que conhecem bem as atividades da comunidade. Esses informantes geralmente s?o solicitados a identificar outros informantes que representam a comunidade, geralmente usando amostragem em bola de neve ou em cadeia. Este processo é muitas vezes eficaz para revelar denominadores culturais comuns ligados ao tema em estudo. A etnografia depende muito da experiência pessoal e próxima. A participa??o, e n?o apenas a observa??o, é uma das chaves desse processo. A etnografia é muito útil na pesquisa social.[20]

Ybema et ai. (2010) examinam os pressupostos ontológicos e epistemológicos subjacentes à etnografia. A pesquisa etnográfica pode ir desde uma perspectiva realista, na qual o comportamento é observado, até uma perspectiva construtivista, onde a compreens?o é construída socialmente pelo pesquisador e pelos sujeitos. A pesquisa pode variar de uma explica??o objetivista de comportamentos fixos e observáveis ??a uma narrativa interpretativa que descreve "a intera??o da agência individual e da estrutura social". Os pesquisadores da teoria crítica abordam "quest?es de poder dentro das rela??es pesquisador-pesquisado e as liga??es entre conhecimento e poder".[20]

Outra forma de coleta de dados é a da "imagem". A imagem é a proje??o que um indivíduo faz sobre um objeto ou ideia abstrata. Uma imagem pode estar contida no mundo físico através da perspectiva de um indivíduo em particular, principalmente com base nas experiências passadas desse indivíduo. Um exemplo de imagem é como um indivíduo vê um romance depois de completá-lo. A entidade física que é o romance contém uma imagem específica na perspectiva do indivíduo que o interpreta e só pode ser expressa pelo indivíduo nos termos de "Eu posso lhe dizer o que é uma imagem dizendo a você como ela se sente". A ideia de imagem depende da imagina??o e tem sido vista como sendo utilizada pelas crian?as de uma forma muito espontanea e natural. Efetivamente, a ideia da imagem é uma ferramenta primária para os etnógrafos coletarem dados. A imagem apresenta a perspectiva, experiências e influências de um indivíduo como uma entidade única e, consequentemente, o indivíduo sempre conterá essa imagem no grupo em estudo.[20]

Diferen?as entre as disciplinas

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O método etnográfico é usado em diversas disciplinas, principalmente por antropólogos/etnólogos, mas também ocasionalmente por sociólogos. Estudos culturais, terapia ocupacional, sociologia, economia, servi?o social, educa??o, design, psicologia, informática, fatores humanos e ergonomia, etnomusicologia, folclorística, estudos religiosos, geografia, história, linguística, estudos da comunica??o, estudos da performance, publicidade, pesquisa contábil, enfermagem, planejamento urbano, usabilidade, ciência política, movimento social e criminologia s?o outros campos que fizeram uso da etnografia.[21]

Antropologia cultural e social

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A antropologia cultural e a antropologia social foram desenvolvidas em torno da pesquisa etnográfica e seus textos can?nicos, que s?o principalmente etnografias: por exemplo, Argonautas do Pacífico Ocidental (1922) por Bronis?aw Malinowski , Excurs?o Etnológica em Johore (1875) por Nicholas Miklouho-Maclay, Amadurecimento em Samoa (1928) por Margaret Mead, O Nuer (1940) por EE Evans-Pritchard, Naven (1936, 1958) por Gregory Bateson, ou "O Lele dos Kasai" (1963) por Mary Douglas.[22]

Os antropólogos culturais e sociais hoje valorizam muito a pesquisa etnográfica. A etnografia típica é um documento escrito sobre um determinado povo, quase sempre baseado, pelo menos em parte, em vis?es êmicas (relativo à descri??o e ao estudo de unidades linguísticas em termos da sua fun??o dentro do sistema ao qual pertencem) de onde a cultura come?a e termina. Usar os limites da linguagem ou da comunidade para delimitar a etnografia é comum. As etnografias também s?o às vezes chamadas de "estudos de caso". Os etnógrafos estudam e interpretam a cultura, suas universalidades e suas varia??es através do estudo etnográfico baseado em trabalho de campo.[22]

Uma etnografia é um tipo específico de ciência observacional escrita que fornece um relato de uma determinada cultura, sociedade ou comunidade. O trabalho de campo geralmente envolve passar um ano ou mais em outra sociedade, conviver com a popula??o local e aprender sobre seus modos de vida. Ruth Fulton Benedict usa exemplos de etnografia em seu trabalho de campo sério que come?ou em 1922 de Serrano, do Zuni em 1924, do Cochiti em 1925 e do Pina em 1926. Todos sendo pessoas que ela desejava estudar por seus dados antropológicos. As experiências de Benedict com o Povo Zuni devem ser consideradas a base de seu trabalho de campo formativo. A experiência deu-lhe a ideia de produzir a sua teoria da "cultura é personalidade em larga escala" (modell, 1988). Ao estudar a cultura entre os diferentes índios Pueblo e dos Planaltos (Plains).[22]

Uma etnografia típica tenta ser holística e normalmente segue um esbo?o para incluir uma breve história da cultura em quest?o, uma análise da geografia física ou do terreno habitado pelas pessoas em estudo, incluindo clima , e muitas vezes incluindo o que os antropólogos biológicos chamam de habitat. No??es populares de botanica e zoologia s?o apresentadas como etnobotanica e etnozoologia ao lado de referências das ciências formais. A cultura material, a tecnologia e os meios de subsistência s?o geralmente tratados a seguir, pois est?o tipicamente ligados à geografia física e incluem descri??es de infraestrutura. O parentesco e a estrutura social (incluindo classifica??o etária, grupos de pares, gênero, associa??es voluntárias, cl?s, metades e assim por diante, se existirem) s?o normalmente incluídos. Idiomas falados, dialetos e a história da mudan?a de idioma s?o outro grupo de tópicos padr?o. Práticas de educa??o infantil, acultura??o e vis?es êmicas ( relativo à descri??o e ao estudo de unidades linguísticas em termos da sua fun??o dentro do sistema ao qual pertencem) sobre personalidade e valores geralmente seguem as se??es sobre estrutura social. Ritos, rituais e outras evidências de religi?o há muito s?o de interesse e às vezes s?o centrais para as etnografias, especialmente quando realizadas em público, onde antropólogos visitantes podem vê-los.[22]

à medida que a etnografia se desenvolveu, os antropólogos ficaram mais interessados ??em aspectos menos tangíveis da cultura, como valores, vis?o de mundo e o que Clifford Geertz chamou de "ethos" da cultura. Em seu trabalho de campo, Geertz utilizou elementos de uma abordagem fenomenológica, rastreando n?o apenas as a??es das pessoas, mas os próprios elementos culturais. Por exemplo, se dentro de um grupo de pessoas, piscar era um gesto comunicativo, ele procurava primeiro determinar que tipo de coisas uma piscadela poderia significar (pode significar várias coisas). Em seguida, ele procurou determinar em que contextos as piscadelas eram usadas e se, à medida que se movia por uma regi?o, as piscadelas permaneciam significativas da mesma maneira. Dessa forma, as fronteiras culturais da comunica??o poderiam ser exploradas, em oposi??o ao uso de fronteiras linguísticas ou no??es sobre a residência. Geertz, embora ainda seguindo algo de um esbo?o etnográfico tradicional, saiu desse contorno para falar sobre "teias" em vez de "contornos" de cultura.[22]

Dentro da antropologia cultural, existem vários subgêneros de etnografia. A partir dos anos 1950 e início dos anos 1960, os antropólogos come?aram a escrever etnografias "bioconfessionais" que expunham intencionalmente a natureza da pesquisa etnográfica. Exemplos famosos incluem Tristes Tropiques (1955) de Lévi-Strauss, The High Valley de Kenneth Read e The Savage and the Innocent de David Maybury-Lewis, bem como o levemente ficcional Return to Laughter de Elenore Smith Bowen (Laura Bohannan).[22]

As etnografias "reflexivas" posteriores refinaram a técnica de traduzir as diferen?as culturais ao representar seus efeitos sobre o etnógrafo. Exemplos famosos incluem Deep Play: Notes on a Balinese Cockfight de Clifford Geertz , Reflections on Fieldwork in Morocco de Paul Rabinow, The Headman and I de Jean-Paul Dumont e Tuhami de Vincent Crapanzano. Na década de 1980, a retórica da etnografia foi submetida a intenso escrutínio dentro da disciplina, sob a influência geral da teoria literária e pós-colonial/ pós-estruturalista. Etnografias "experimentais" que revelam o fermento da disciplina incluem Xamanismo, Colonialismo e o Homem Selvagem de Michael Taussig, Debate sobre os Mu?ulmanos de Michael FJ Fischer e Mehdi Abedi, A Space on the Side of the Road de Kathleen Stewart e Advocacy after Bhopal por Kim Fortun.[22]

Essa virada crítica na antropologia sociocultural em meados da década de 1980 pode ser atribuída à influência do texto agora clássico (e muitas vezes contestado), Writing Culture: The Poetics and Politics of Ethnograph , (1986) editado por James Clifford e George Marcus . A cultura da escrita ajudou a trazer mudan?as tanto para a antropologia quanto para a etnografia, muitas vezes descritas em termos de natureza 'pós-moderna', 'reflexiva', 'literária', 'desconstrutiva' ou 'pós-estrutural', na medida em que o texto ajudou a destacar as várias situa??es políticas que muitos praticantes viam como assoladoras das representa??es e práticas etnográficas.[22]

Enquanto a antropologia interpretativa de Geertz e Turner reconhecia os sujeitos como atores criativos que construíam seus mundos socioculturais a partir de símbolos, os pós-modernistas tentavam chamar a aten??o para o status privilegiado dos próprios etnógrafos. Ou seja, o etnógrafo n?o pode escapar do ponto de vista pessoal ao criar um relato etnográfico, tornando assim qualquer afirma??o de neutralidade objetiva altamente problemática, se n?o totalmente impossível. Em rela??o a este último ponto, Writing Culture tornou-se um ponto focal para observar como os etnógrafos podiam descrever diferentes culturas e sociedades sem negar a subjetividade dos indivíduos e grupos estudados, ao mesmo tempo em que o faziam sem reivindicar o conhecimento absoluto e a autoridade objetiva.[22]

Junto com o desenvolvimento de formas experimentais como 'antropologia dialógica', 'etnografia narrativa' e 'etnografia literária', Writing Culture ajudou a encorajar o desenvolvimento de 'etnografia colaborativa'. Esta explora??o da rela??o entre escritor, público e assunto tornou-se um princípio central da prática antropológica e etnográfica contemporanea. Em certos casos, a colabora??o ativa entre o(s) pesquisador(es) e o(s) sujeito(s) ajudou a mesclar a prática da colabora??o no trabalho de campo etnográfico com o processo de cria??o do produto etnográfico resultante da pesquisa.[22]

A sociologia é outro campo que apresenta com destaque as etnografias. S?o relevantes os debates sobre "A sociologia urbana" na Clark-Atlanta University e da Escola de Chicago, em particular, associadas à pesquisa etnográfica, com alguns exemplos bem conhecidos sendo The Philadelphia Negro (1899) de WEB Du Bois, Street Corner Society de William Foote Whyte e Black Metropolis por St. Clair Drake e Horace R. Cayton, Jr. As principais influências neste desenvolvimento foram o antropólogo Lloyd Warner, na faculdade de sociologia de Chicago e Robert Park. O interacionismo simbólico desenvolveu-se a partir da mesma tradi??o e produziu etnografias sociológicas como Shared Fantasy, de Gary Alan Fine, que documenta a história inicial dos RPGs de fantasia. Outras etnografias importantes em sociologia incluem o trabalho de Pierre Bourdieu na Argélia e na Fran?a.[17]

A série de etnografias organizacionais de Jaber F. Gubrium focadas nas práticas cotidianas de doen?a, cuidado e recupera??o s?o notáveis. Eles incluem Living and Dying at Murray Manor, que descreve os mundos sociais de uma casa de repouso; Descrevendo o Cuidado: Imagem e Prática na Reabilita??o, que documenta a organiza??o social da subjetividade do paciente em um hospital de reabilita??o física; Cuidadores: Tratando Crian?as Emocionalmente Perturbadas, que apresenta a constru??o social dos distúrbios comportamentais em crian?as; e Oldtimers e Alzheimer: A Organiza??o Descritiva da Senilidade, que descreve como o movimento da doen?a de Alzheimer construiu uma nova subjetividade da demência senil e como ela se organiza em um hospital geriátrico. Outra abordagem da etnografia na sociologia vem na forma de etnografia institucional, desenvolvida por Dorothy E. Smith para estudar as rela??es sociais que estruturam a vida cotidiana das pessoas.[17]

Outras etnografias notáveis ??incluem Learning to Labour, de Paul Willis, sobre a juventude da classe trabalhadora; o trabalho de Elijah Anderson , Mitchell Duneier e Lo?c Wacquant sobre a América negra, e Glimpses of Madrasa From Africa, de Lai Olurode. Mas mesmo que muitos subcampos e perspectivas teóricas dentro da sociologia usem métodos etnográficos, a etnografia n?o é o sine qua non da disciplina, como é na antropologia cultural.[17]

Estudos de comunica??o

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A partir das décadas de 1960 e 1970, os métodos de pesquisa etnográfica come?aram a ser amplamente utilizados pelos estudiosos da comunica??o. Como o propósito da etnografia é descrever e interpretar os padr?es compartilhados e aprendidos de valores, comportamentos, cren?as e linguagem de um grupo de compartilhamento de cultura, Harris (1968), também Agar (1980) observa que a etnografia é um processo e um resultado da pesquisa. Estudos como a análise de Gerry Philipsen sobre estratégias de comunica??o cultural em um bairro operário da zona sul de Chicago, Speaking 'Like a Man' in Teamsterville, abriram caminho para a expans?o da pesquisa etnográfica no estudo da comunica??o.[17]

Estudiosos de estudos de comunica??o usam métodos de pesquisa etnográfica para analisar comportamentos e fen?menos comunicativos. Isso é frequentemente caracterizado na escrita como tentativas de entender rotinas tidas como certas pelas quais as defini??es de trabalho s?o produzidas socialmente. A etnografia como método é um exame minucioso, cuidadoso e sistemático dos mecanismos geradores de realidade da vida cotidiana (Coulon, 1995). O trabalho etnográfico nos estudos da comunica??o busca explicar "como" métodos/práticas/performances ordinárias constroem as a??es ordinárias utilizadas por pessoas comuns na realiza??o de suas identidades. Isso muitas vezes dá a percep??o de tentar responder às perguntas do "por que" e do "como" da comunica??o humana. ou estudo de campo , como uma análise dos padr?es de fala em uma manifesta??o de protesto, ou a forma como os bombeiros se comunicam durante o "tempo de inatividade" em um quartel de bombeiros. Como os estudiosos da antropologia, os estudiosos da comunica??o muitas vezes mergulham, participam e/ou observam diretamente o grupo social específico que está sendo estudado.[17][23]

Outros campos

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O antropólogo americano George Spindler foi um pioneiro na aplica??o da metodologia etnográfica à sala de aula. Antropólogos como Daniel Miller e Mary Douglas usaram dados etnográficos para responder a quest?es acadêmicas sobre consumidores e consumo. Nesse sentido, Tony Salvador, Genevieve Bell e Ken Anderson descrevem a etnografia do design como sendo "uma forma de compreender as particularidades da vida cotidiana de forma a aumentar a probabilidade de sucesso de um novo produto ou servi?o ou, mais apropriadamente, reduzir a probabilidade de falha especificamente devido à falta de compreens?o dos comportamentos básicos e estruturas dos consumidores." O sociólogo Sam Ladner argumenta em seu livro, que entender os consumidores e seus desejos requer uma mudan?a de "ponto de vista", que só a etnografia oferece. Os resultados s?o produtos e servi?os que respondem às necessidades n?o atendidas dos consumidores.[24]

As empresas também descobriram que os etnógrafos s?o úteis para entender como as pessoas usam produtos e servi?os. Ao avaliar a experiência do usuário em um ambiente "natural", a etnologia produz insights sobre as aplica??es práticas de um produto ou servi?o. é uma das melhores maneiras de identificar áreas de atrito e melhorar a experiência geral do usuário. As empresas fazem uso crescente de métodos etnográficos para entender os consumidores e o consumo, ou para o desenvolvimento de novos produtos (como a videoetnografia ). A Práxis Etnográfica na Indústria (EPIC) é prova disso. A abordagem sistemática e holística dos etnógrafos à experiência da vida real é valorizada pelos desenvolvedores de produtos, que usam o método para entender desejos n?o declarados ou práticas culturais que cercam os produtos. Onde os grupos focais n?o informam os profissionais de marketing sobre o que as pessoas realmente fazem, a etnografia liga o que as pessoas dizem ao que elas fazem – evitando as armadilhas que surgem ao confiar apenas em dados auto-relatados de grupos focais.[24]

Avaliando a etnografia

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A metodologia etnográfica n?o costuma ser avaliada do ponto de vista filosófico (como o positivismo e o emocionalismo). Os estudos etnográficos precisam ser avaliados de alguma forma. Nenhum consenso foi desenvolvido sobre os padr?es de avalia??o, mas Richardson (2000, p. 254) [25] fornece cinco critérios que os etnógrafos podem achar úteis. A monografia de Jaber F. Gubrium e James A. Holstein (1997), The New Language of Qualitative Method, discute formas de etnografia em termos de sua "conversa de métodos".[17]

  1. Contribui??o substantiva : "A pe?a contribui para a nossa compreens?o da vida social?".
  2. Mérito estético : "Esta pe?a tem sucesso esteticamente?".
  3. Reflexividade : "Como o autor chegou a escrever este texto... Existe autoconsciência e autoexposi??o adequadas para o leitor fazer julgamentos sobre o ponto de vista?".
  4. Impacto : "Isso me afeta? Emocionalmente? Intelectualmente?" Isso me move?.
  5. Expressa uma realidade : "Parece 'verdade' - um relato crível de um sentido cultural, social, individual ou comunitário do 'real'?".[25]

Gary Alan Fine argumenta que a natureza da investiga??o etnográfica exige que os pesquisadores se desviem das regras formais e idealistas ou da ética que passaram a ser amplamente aceitas nas abordagens qualitativas e quantitativas da pesquisa. Muitos desses pressupostos éticos est?o enraizados em epistemologias positivistas e pós-positivistas que se adaptaram ao longo do tempo, mas s?o aparentes e devem ser consideradas em todos os paradigmas de pesquisa. Esses dilemas éticos s?o evidentes ao longo de todo o processo de realiza??o de etnografias, incluindo a concep??o, implementa??o e relato de um estudo etnográfico. Essencialmente, Fine sustenta que os pesquisadores normalmente n?o s?o t?o éticos quanto afirmam ou sup?em ser - e que "cada trabalho inclui maneiras de fazer coisas que seriam inadequadas para os outros saberem".[17][26]

Fine n?o está necessariamente culpando os pesquisadores etnográficos, mas tenta mostrar que os pesquisadores muitas vezes fazem reivindica??es e padr?es éticos idealizados que s?o inerentemente baseados em verdades parciais e auto-enganos. Fine também reconhece que muitas dessas verdades parciais e auto-enganos s?o inevitáveis. Ele sustenta que "ilus?es" s?o essenciais para manter uma reputa??o profissional e evitar consequências potencialmente mais cáusticas. Ele afirma: "Os etnógrafos n?o podem deixar de mentir, mas mentindo, revelamos verdades que escapam àqueles que n?o s?o t?o ousados". Com base nessas afirma??es, Fine estabelece três agrupamentos conceituais nos quais os dilemas éticos etnográficos podem ser situados: "Virtudes Clássicas", "Habilidades Técnicas" e "Eu Etnográfico". Muito debate em torno da quest?o da ética surgiu após revela??es sobre como o etnógrafo Napoleon Chagnon conduziu seu trabalho de campo etnográfico com o povo Yanomani da América do Sul.[17][26]

Embora n?o haja um padr?o internacional sobre ética Etnográfica, muitos antropólogos ocidentais procuram a American Anthropological Association para orienta??o ao realizar trabalhos etnográficos. Em 2009, a Associa??o adotou um código de ética, afirmando: Os antropólogos têm "obriga??es morais como membros de outros grupos, como a família, religi?o e comunidade, bem como a profiss?o".[27][17]

O código de ética observa que os antropólogos fazem parte de uma rede acadêmica e política mais ampla, bem como do ambiente humano e natural, que precisa ser relatado com respeito. O código de ética reconhece que, às vezes, uma rela??o muito próxima e pessoal pode desenvolver-se a partir do trabalho etnográfico. A Associa??o reconhece que o código tem escopo limitado; o trabalho etnográfico às vezes pode ser multidisciplinar, e os antropólogos também precisam estar familiarizados com a ética e as perspectivas de outras disciplinas. O código de ética de oito páginas descreve as considera??es éticas para aqueles que realizam Pesquisa, Ensino, Aplica??o e Dissemina??o de Resultados, que s?o resumidamente descritas abaixo.[27][17]

  • "Realizando Pesquisas" - Ao conduzir pesquisas, os antropólogos precisam estar cientes dos impactos potenciais da pesquisa sobre as pessoas e animais que estudam. Se a busca de novos conhecimentos impactar negativamente as pessoas e os animais que estar?o estudando, eles podem n?o realizar o estudo de acordo com o código de ética.[27][17]
  • "Ensinar" - Ao ensinar a disciplina de antropologia, os instrutores s?o obrigados a informar os alunos sobre os dilemas éticos da realiza??o de etnografias e trabalho de campo.[27][17]
  • "Inscri??o" - Ao realizar uma etnografia, os antropólogos devem ser "abertos com financiadores, colegas, pessoas estudadas ou fornecendo informa??es e partes relevantes afetadas pelo trabalho sobre o(s) propósito(s), impactos potenciais e fonte(s) de apoio para o trabalho."[27][17]
  • "Divulga??o de Resultados" - Ao divulgar os resultados de uma etnografia, "[a] antropólogos têm a obriga??o ética de considerar o impacto potencial de suas pesquisas e a comunica??o ou divulga??o dos resultados de suas pesquisas a todos os envolvidos direta ou indiretamente". Os resultados da pesquisa de etnografias n?o devem ser negados aos participantes da pesquisa se essa pesquisa estiver sendo observada por outras pessoas.[27][17]

Virtudes clássicas

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S?o considerados padr?es de identifica??o de um etnógrafo:[26]

  • "O etnógrafo gentil" – A maioria dos etnógrafos se apresenta como mais solidário do que eles, o que auxilia no processo de pesquisa, mas também é enganoso. A identidade que apresentamos aos sujeitos é diferente de quem somos em outras circunstancias.
  • "O etnógrafo amigável" - Os etnógrafos operam sob a suposi??o de que n?o devem desgostar de ninguém. Quando os etnógrafos descobrem que n?o gostam intensamente dos indivíduos encontrados na pesquisa, eles podem excluí-los das descobertas.
  • "O etnógrafo honesto" – Se os participantes da pesquisa conhecerem os objetivos da pesquisa, suas respostas provavelmente ser?o distorcidas. Portanto, os etnógrafos muitas vezes escondem o que sabem para aumentar a probabilidade de aceita??o pelos participantes.[26]

Habilidades técnicas

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S?o consideradas habilidades necessárias de um etnógrafo:[26]

  • "Precis?o" - Os etnógrafos muitas vezes criam a ilus?o de que as notas de campo s?o dados e refletem o que "realmente" aconteceu. Eles se envolvem no oposto do plágio, dando crédito imerecido por meio de interpreta??es soltas e paráfrases. Pesquisadores usam quase-fic??es e as transformam em afirma??es de fato. O mais próximo que os etnógrafos podem realmente chegar da realidade é uma verdade aproximada.
  • "A observa??o" – Leitores de etnografia s?o frequentemente levados a supor que o relato de uma cena está completo – que pouca importancia foi perdida. Na realidade, um etnógrafo sempre perderá algum aspecto por falta de onisciência. Tudo está aberto a múltiplas interpreta??es e mal-entendidos. Como as habilidades dos etnógrafos em observa??o e coleta de dados variam de acordo com o indivíduo, o que é retratado na etnografia nunca pode ser o quadro completo.
  • "Discri??o" – Como "participante" da cena, o pesquisador sempre terá um efeito na comunica??o que ocorre dentro do local da pesquisa. O grau em que se é um "membro ativo" afeta a extens?o em que a compreens?o simpática é possível.[26]

Eu etnográfico

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A seguir, s?o concep??es comumente equivocadas de etnógrafos:[28]

  • "O Etnógrafo Candido" – Onde o pesquisador se situa pessoalmente dentro da etnografia é eticamente problemático. Há uma ilus?o de que tudo o que foi relatado foi observado pelo pesquisador.
  • "O Etnógrafo Casto" – Quando os etnógrafos participam do campo, invariavelmente desenvolvem rela??es com os sujeitos/participantes da pesquisa. Essas rela??es às vezes n?o s?o consideradas no relato da etnografia, embora possam influenciar os resultados da pesquisa.
  • "The Etnógrafo Justo" - Fine afirma que a objetividade é uma ilus?o e que tudo na etnografia é conhecido de uma perspectiva. Portanto, é antiético para um pesquisador relatar imparcialidade nas descobertas.
  • "The Etnógrafo Literato" - A representa??o é um ato de equilíbrio de determinar o que "mostrar" através de linguagem e estilo poético/prosaico, versus o que "contar" por meio de relatórios diretos e "factuais". As habilidades individuais de um etnógrafo influenciam o que parece ser o valor da pesquisa.[28]

De acordo com Norman K. Denzin, os etnógrafos devem considerar os sete princípios a seguir ao observar, registrar e amostrar dados:[17]

  1. Os grupos devem combinar significados simbólicos com padr?es de intera??o.
  2. Observar o mundo do ponto de vista do sujeito, mantendo a distin??o entre as percep??es cotidianas e científicas da realidade.
  3. Vincule os símbolos do grupo e seus significados com as rela??es sociais.
  4. Registre todo o comportamento.
  5. A metodologia deve destacar as fases do processo, mudan?a e estabilidade.
  6. O ato deve ser uma espécie de interacionismo simbólico.
  7. Use conceitos que evitem explica??es casuais.[17]

Etnógrafos notáveis ??

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Bibliografia sobre engenharia de requisitos

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Guber, Rosana. La etnografía, método, campo y reflexividad. Bogotá: Grupo Editorial, Norma, 2001. ISBN 958-04-6154-6 PDF Acesso. Set. 2015


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